sábado, 9 de maio de 2009

Se Versalhes Falasse (1953) - Sacha Guitry



"Como os filmes de Lang, de Mizoguchi e de Matarazzo, os filmes de Guitry emanam, por assim dizer, do interior do cinema. Eles não procedem de um esforço - derrisório - de 'fazer cinema'. Eles estão instalados na fonte de onde jorra a felicidade da expressão cinematográfica. Essa felicidade da expressão, e a expressão da felicidade, exigem de Guitry que ele seja, como personagem e como intérprete, o mestre absoluto do jogo, o demiurgo da intriga, um tipo de Mabuse jubilante e otimista a quem nada resiste. Se pudesse um dia ele seria outra coisa senão um metteur en scène?" (...) "O cinema, quase sempre, nasce teatro e não vem a ser si mesmo que ao termo de uma ascese, de uma alquimia à qual pouquíssimos cineastas são capazes."

Jacques Lourcelles, Dictionnaire du cinéma: Les Films, Paris: Laffont, 1992.

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